domingo, 13 de julho de 2008

Padrão provisório

PONDENGO CRIOULO (BRASILEIRO)

VARIEDADE PEQUENA DE PÊLO LISO ou DE PÊLO DURO



Aspecto Geral: Cão de aspecto sólido, não esgalgado nem atarracado; nem excessivamente leve ou pesado.



Temperamento e Comportamento: Cão ativo, atento e observador, de expressão desconfiada com estranhos podendo se tornar agressivo, caso seu território seja invadido,porem mas meiga para com o dono e seus familiares. Equilibrado, apto à disciplina, porém destemido quando provocado, sob comando e, principalmente, em matilha (nestas ocasiões até javalis são abatidos,variedade grande). Com músculos marcados, dando a impressão de agilidade e determinação. Aspecto altivo. Não deve dar demonstrações gratuitas de agressividade, dóceis com humanos conhecidos e amigáveis, por ser uma raça ou vive em matilha a agressividade principalmente quanto a outros cães não deve ser tolerada; animal de temperamento semi-selvagem respeita o dono pela necessidade que a raça tem de um líder, mas se este for relapso, fraco ou ausente, um casal alfa poderá assumir a liderança da matilha."

Proporções Importantes: O comprimento do tronco deve ultrapassar à altura na cernelha em aproximadamente vinte e cinco por cento. A profundidade do peito deve ser aproximadamente 50% da altura na cernelha. O comprimento da cabeça deve ser proporcional ao tamanho do cão.

Cabeça: De comprimento médio. Relativamente profunda na região craniana. Arco zigomático de largo para médio. A largura do arco zigomático deve se sobressair em relação a do focinho, não devendo, no entanto, tal proporção ser exagerada. Linha superior do crânio, vista de perfil deve ser reta e ascendente no sentido proximal-caudal; vista de frente ligeiramente convexa, quase reta. O sulco mediano moderadamente pronunciado. A distância do occipital ao stop em relação à do occipital à ponta do focinho deve ser de 60%. Masséteres relativamente bem pronunciados.

Região Craniana: Crânio largo. Largura : A largura do crânio, na altura do arco zigomático, deve equivaler à distância entre o occipital ao stop e ser o triplo da largura do focinho na altura dos dentes caninos superiores. Stop: bem pronunciado, sem ser, no entanto, exagerado.

Região Facial: Focinho: de comprimento médio, reto, mandíbulas bem definidas, mas relativamente leve se comparada à largura do crânio e à potência dos masséteres. Trufa: preta ou podendo acompanhar a diluição da cor da pelagem (cão cinza, rajado-azul, isabela ou fígado) – trufas vermelhas cor-de-carne ou pretas são admitidas em cães avermelhados; bem desenvolvida, com narinas abertas;Dentes: fortes, bem alinhados, com fechamento frontal em tesoura.Lábios: ajustados e curtos; Olhos: médios; separados; de inserção frontal; no nível da face; amendoados, mas quase redondos. Pálpebras ajustadas não devendo mostrar a conjuntiva.Orelhas: eretas; pontudas; finas; de tamanho médio; de inserção média, mais para alta; voltadas para a frente. Íntegras. Pescoço: De comprimento médio. Forte, ligeiramente arqueado, engrossando do crânio aos ombros. Levantado, de porte relativamente alto. Desprovido de barbelas.
Tronco: Linha Superior: paralela ao solo, apenas com pequeno arqueamento na garupa.
Cernelha: relativamente alta e musculosa;
Tórax: alto e forte; .Dorso: relativamente curto;Peito: profundo, mas não em excesso (aproximadamente 50% da altura na cenelha);Costelas: profundas e razoalvelmente bem arqueadas;Antepeito: médio, visto de frente, sem dar a impressão de ser atarracado ou de leveza;Lombo: levemente arqueado;Ventre: linha inferior levemente esgalgada;Garupa: levemente arqueada.

Cauda: Grossa; de inserção média; devendo ser portada acima da linha do dorso, quando o cão se movimenta; com postura muito levemente côncava. Com 45% do comprimento do tronco.Membros Anteriores: Retos, com ossos retos e arredondados.Ombros: relativamente fortes e musculosos;Braços: relativamente fortes e musculosos;Carpos: fortes com dedos fortes e arqueados.

Membros Posteriores: Musculosos, fortes, com boa angulação. Coxas: musculosas. Jarretes: curtos e corretamente direcionados para frente.

Pés: De gato, mas não exageradamente curtos, como de um terrier.

Movimentação: Deve ser fluente, com força e agilidade. As patas devem se mover paralelamente com boa flexão nas patas e joelhos.Pele: Grossa, relativamente solta, mas sem qualquer resquício de barbelas.
Pelagem:
Variedade pêlo liso:
curta com até 2,5 cm de comprimento nos pêlos da cernelha. Densa e luzidia.
Variedade pêlo duro: podendo atingir até 5,5 cm de comprimento nos pêlos da cernelha. Densa; e áspera.
OBS:Este padrão é passível de mudanças.
Redigido por: Pedro Ribeiro Dantas

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Histórico da raça

O cão Podengo Crioulo (Brasileiro)

Mesmo sendo uma raça muito antiga no Brasil poucos a conhecem,sendo ainda muitas vezes tachado de vira-latas ou nem mesmo notado nas ruas seu principal habitat nos dias atuais,felizmente algumas poucas pessoas ainda se intereção em recupera-la está que já fez parte da história do povo brasileiro mais hoje anda esquecida, mais com força de vontade e perseverança conseguiremos devolver aos Podengos seu posto de cão autóctone do Brasil.
Está publicação inédita tem como objetivo esclarecer e informar sobre um grupo de cães tão importante na história dos povos da África,península Hibérica e América central e do sul e é claro do Brasil.Estamos falando do subgrupo dos Podengos,grupo que se originou na África e se espalhou pela península Hibérica e América.
Adorado como deuses no Egito antigo;responsáveis por alimentar nossos ancestrais na Europa e América no passado e hoje discriminado pela falta de informação e cultura cinófila.
A partir de agora apresento a vocês o Podengo Crioulo (Brasileiro)!

Origem

Para explicar a formação desta raça autóctone do Brasil, é preciso primeiramente explicar o que significa o termo Podengo , Podengo quer dizer cão coelheiro ou cão de caça ao coelho por isso tal termo será usado para designar qualquer cão com características físicas semelhantes sendo assim um termo genérico podendo existir Podengos de raça pura,Podengos mestiços e Podengos sem raça definida e para explicar a chegada dos Podengos ancestrais e a posterior formação do Podengo Crioulo(Brasileiro) é preciso fazer uma viagem no tempo de volta ao norte de África e ao Oriente médio onde os cães do tipo Podengo se formaram;no Egito era comum um tipo de cão alto magro e com uma cabeça semelhante a cabeça de um chacal que era criado pelos Faraós e tratados como símbolo do Deus Anúbis divindade com corpo humano e cabeça de cão algumas literaturas dizem que se trata de uma cabeça de chacal mais é fato que ela é idêntica a cabeça de um Podengo. Esses cães tinham privilégios na sociedade egípcia sendo enterrados com honras quando morriam,também foram largamente usados para a caça sendo este um privilégio do Faraó e de sua corte.
Também no Egito existia um cão antigo que não late o Basenji,raça que foi dada aos Faraós como presente por uma tribo do congo esta que felizmente existe até hoje foi retratada na arte egípcia sendo símbolo de poder e nobreza é bastante provável que podengos e Basenjis tenham sido cruzados intencional ou acidentalmente,fato justificado por antes dos Basenjis chegar ao Egito só existir Podengos de tamanhos e cores parecidos e depois passaram a existir Podengos de cores e tamanhos variados. É atribuída a dispersão dos Podengos ao povo Fenício graças a sua tradição naval e sua vocação comercial,assim através dos povos Fenícios os Podengos chegaram a Península Ibérica sendo logo adotados como cães de caça,pastoreio e guarda pelos povos latinos; na península Ibérica formaram outras raça definidas de Podengos além da já existente no Egito até então; entre elas o Podengo Português que existia em dois tamanhos grande e média a variedade média foi selecionada entre os menores exemplares da grande;o Podengo Andaluz ou Espanhol que também existia em dois tamanhos, são basicamente o mesmo cão diferindo em cores e pequenas variações de tamanhos,também na Espanha se formaram o Podengo Ibiscênico e na ilhas Canárias o Podengo Canário selecionado basicamente do cão do Faraó do qual difere basicamente na cor.
Com as conquistas Portuguesas e Espanholas nas Américas esses cães foram trazidos ao novo continente principalmente como caçadores de ratos nos navios.
Na caça integravam a matilha com os Podengos de maior porte melhorando sua performance quando os coelhos e lebres adentravam em matas densas onde os grandes Podengos não podiam usar sua velocidade para persegui-los os pequenos tirando proveito de seu porte diminuto levavam a caça a campo aberto para seus companheiros maiores pudessem persegui-los.Na Itália outra raça de Podengo se formou e passou a ser chamada de Cirneco Del Étina que apesar do nome é um legitimo Podengo de porte médio usado para caça.
Assim com a descoberta (invasão ) do Brasil;desembarcaram aqui nas Naus,Caravelas e Navios negreiros, Podengos Portugueses,Espanhóis,entre vários mestiços entre eles e outros cães e talvez de alguns Basenjis com cães parias Africanos assim começou a desenhar o PodengoCrioulo(Brasileiro) que conhecemos hoje.
O cão Podengo Brasileiro começou a se formar no século 15 quando foram introduzidos no Brasil colônia os Podengos Portugueses utilizados para caça,pastoreio e guarda.
Atualmente existe um tipo morfológico de cão espalhado por todo o Brasil, cidades e campos. Este tipo morfológico se assemelha muito ao Podengo Português, apresentando as duas variedades de pelagem típicas dessa raça.Este tipo morfológico também sofreu nitidamente a influência, nos estratos mais antigos de formação, de cães africanos de tipo Podengo trazidos pelos colonizadores e cães indígenas autóctones, fatos estes verificados em referências (fotos e literatura). A predominância de Podengos Portugueses manifesta-se em duas características morfológicas principais: maioria de cães fulvos ou dourados e presença das duas variedades de pelagem, curta e dura. A pureza morfológica e temperamental desses cães foi mantida relativamente intacta devido à sua presença majoritária nas ruas e campos, o que faz com que qualquer gene exótico tenda a se diluir e extinguir na população, a não ser que seja selecionado pelas condições ambientais. Esta seleção de genes residuais foi o que conferiu as características que diferenciam os Podengos Crioulos dos Portugueses, tais como maior variedade de coloração e formato característico de cabeça e orelhas, além da maior angulação das articulações locomotoras.